Mesmo levando seu pet ao veterinário com a frequência adequada e zelando pela sua higiene diariamente, seu companheiro não está livre de ser acometido por doenças ou parasitas
Especialmente se ele tem acesso à rua ou a áreas rurais. A berne em cães é uma dessas moléstias e é mais comum do que você imagina.
Mas o que é exatamente a berne? Como o seu cachorro foi infectado? Acompanhe o artigo que preparamos pra você e entenda o ciclo desse parasita e assim, saber o que fazer para tratar e evitar a berne em cães. Boa leitura!
O que é berne?
Berne é o nome comum que se dá à larva da mosca-varejeira (ou mosca-berneira) Dermatobia hominis. Ela é considerada um parasita, pois em uma das fases de sua vida, se desenvolve em tecido subcutâneo de animais de sangue quente (aves e mamíferos), se alimentando do tecido vivo do hospedeiro.
O ciclo de vida desses insetos é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa (ou casulo) e adulto.
Após a cópula, a fêmea precisa encontrar um hospedeiro para depositar seus ovos. A mosca-varejeira é grande e sua presença é percebida com facilidade quando pousa no dorso dos animais, que a espantam rapidamente.
Ela contorna esse problema colocando seus ovos em outra mosca, muito menor, que não perturba ao pousar na pele dos bichos.
Guiados pelo calor do corpo do animal, os ovos então eclodem e a larva penetra na pele, deixando um orifício visível a olho nu.
Diferentemente da bicheira, que é quando várias larvas de outra espécie de mosca se instalam no tecido, o berne é apenas um indivíduo. Porém, mais de um ovo pode ser depositado no corpo do animal.
Como identificar a berne em cães?
A larva da berne cresce muito e com muita rapidez, podendo aumentar seu tamanho em até oito vezes no período de uma semana.
Você pode identificar com facilidade a berne no seu cachorro, pois se trata de uma região encaroçada com uma pontinha esbranquiçada para fora. Essa porção branca é a larva da berne. O tecido vai estar avermelhado devido à inflamação causada pelo parasita.
Quais os sintomas da berne em cães?
A larva da berne possui espinhos no corpo, que servem para que ela se mantenha fixa no orifício e também para que se movimente até a sua abertura, e assim possa respirar.
Devido a esses movimentos constantes e ao próprio crescimento da larva, os sintomas que podem ser percebidos em seu cachorro são os seguintes:
- vermelhidão e inchaço local, com possível formação de feridas na pele;
- liberação de um líquido de cor amarelada ou com sangue;
- incômodo local, coceira e dor.
Como tratar a berne em cães?
A lógica do tratamento é bastante simples: uma vez que a larva precisa do orifício aberto para poder respirar, basta bloquear a passagem de ar.
Porém, mesmo que você já tenha ouvido falar que remover berne em cães é fácil, o procedimento em si não é. E é altamente recomendável que você leve seu peludo ao médico-veterinário de sua confiança para que ele faça isso.
Após o diagnóstico, o veterinário receitará o medicamento correto para que o ciclo do parasita seja interrompido. Passado o período indicado pelo especialista, você deverá retornar à clínica, para que a larva seja retirada do seu cão.
É fundamental que a berne seja completamente removido do corpo do seu cachorro. Se um pedaço da larva ficar alojado no orifício, pode haver o início de um processo inflamatório decorrente de um procedimento mal feito. Outras afecções podem surgir, já que o orifício é uma porta de entrada para tal.
Além disso, por causa da dor e do incômodo causado pela berne, seu amigo peludo pode ficar estressado e bastante inquieto na hora de removê-lo.
Para evitar que o momento seja muito tenso, talvez seja necessário o uso de sedativos. O uso de materiais específicos como pinças, por exemplo, também pode ser oportuno.
Com evitar a berne em cachorros?
A melhor e mais eficiente maneira de evitar que seu cão seja parasitado por bernes é mantendo o ambiente em que ele vive limpo e livre de moscas.
Para isso, é fundamental que você limpe ou recolha diariamente as fezes do seu cachorro. O acúmulo de lixo orgânico e matéria em decomposição também é um grande responsável pela atração de animais indesejados, possíveis transmissores de doenças — além das moscas, baratas e ratos.
Portanto, preze e mantenha a boa higiene e não deixe que seu amigo tenha um contato muito próximo a esses ambientes.
Tente não deixar sua grama muito alta e conserve seu jardim podado e bem-acabado. Quanto menos exposto ao mato o seu cão estiver, menores são as chances de ele ter contato com moscas-varejeiras. Para quem vive em áreas onde a ocorrência de moscas é comum, fazer o controle com inseticidas pode ser uma boa opção.
Em se tratando do seu peludo, o banho e a escovação são práticas bastante eficazes. Pois, além de mantê-lo limpo, você preserva um contato mais íntimo com seu cão, podendo perceber com facilidade se existe algo de diferente ou anormal na pele dele. Apenas tome cuidado para não exagerar na quantidade de banho. Banhos em excesso podem deixá-lo ainda mais vulnerável.
Você encontra com facilidade em pet shops produtos específicos como coleiras, por exemplo, que contém substâncias repelentes de moscas e outros insetos e podem ajudar a evitar que seu cão se contamine. Você também encontrará medicamentos que podem ser dados via oral, prevenindo que as larvas se alojem sob a pele do animal.
Mas é muito importante ressaltar que tão logo você desconfie que seu cachorro tenha berne, você o leve ao médico-veterinário de sua confiança.
Durante todo o processo é fundamental que ele tenha o acompanhamento de um especialista. Ele saberá lhe orientar em cada passo no combate ao parasita. Aproveite e compreenda melhor o que é a cinomose em cães.
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