O carrapato transmite doenças fatais. Desconfie se o seu pet perder o apetite, começar a emagrecer e ficar depressivo
Todo tutor sabe que é essencial manter os cães longe dos carrapatos, mas você sabe por quê? É que eles podem causar sintomas de doença do carrapato em cachorro, enfermidade que pode levar o seu amigo a morte.
O carrapato mais comum no Brasil é o Rhipicephalus sanguineus, especialmente no verão e, na verdade, ele pode transmitir duas graves doenças: a Erliquiose e a Babesiose. Elas são popularmente chamadas de “doença do carrapato”.
Embora sejam enfermidades diferentes, os sintomas são parecidos. Além disso, ambas podem ser fatais em cães de todas as idades, sexos, raça e portes e são difíceis de diagnosticar mesmo na clínica veterinária.
Portanto, é essencial que você leve o seu peludo imediatamente a uma Clínica veterinária se ele apresentar sintomas como apatia, emagrecimento e perda de apetite. Lembre-se que esses sintomas são comuns a muitas doenças, então, não se desespere!
Para conhecer os sintomas de doença do carrapato em cachorro, o que fazer se o seu amigo for afetado e como evitar o problema, acompanhe as nossas informações a seguir:
Erliquiose
A Erliquiose ou Erlichiose é uma doença bacteriana que tem como principal vetor o carrapato. A transmissão acontece quando um cão contaminado é mordido pelo carrapato, que, ao morder o próximo animal, passa a doença.
A enfermidade causa a destruição dos glóbulos brancos no pet e, consequentemente, enfraquece o sistema de defesa do seu peludo. Em um estágio avançado, a doença pode matar o animal.
A doença tem três fases, e em casa uma ocorre determinado sintoma. No entanto, cada pet pode ter a sua própria reação conforme o problema se agrava.
Na fase aguda, o cão pode apresentar febre, perder peso e o apetite, fraqueza, tremores, sangramento nasal e vômito. É o início da doença, os carrapatos ainda estão no corpo do animal e eles ainda podem transmitir a Erliquiose para outros pets.
Na fase subclínica, os sintomas não são tão visíveis. Além de apatia e anorexia, o cão pode estar sofrendo com hemorragias internas. Ele também pode ficar cego nesse momento.
Se o sistema imunológico já estiver muito enfraquecido para combater a doença, ela chega à fase crônica. Além de todos os outros sintomas, o cachorro fica mais suscetível a infecções e pode ter outras doenças secundárias, como pneumonia e diabetes.
Quando ainda está no início, é mais fácil de diagnosticar a doença devido à presença dos carrapatos. Na fase subclínica, é preciso realizar exames laboratoriais para confirmar ou não a presença da bactéria. Conforme a doença avança, o diagnóstico fica mais difícil devido ao surgimento das doenças secundárias.
Felizmente, a doença possui tratamento para todas as suas fases. Os cuidados podem ser feitos por meio de medicamentos, com soro e até mesmo com transfusão de sangue, dependendo da situação do animal.
Babesiose
Essa grave doença pode ser transmitida por um carrapato que mordeu um cão infectado, mas também de forma direta por transfusão de sangue ou pela placenta, no caso das fêmeas doentes grávidas.
Ao se alimentar do sangue do seu pet, o carrapato libera o protozoário causador da Babesiose. Ele se aloja na corrente sanguínea e destrói os glóbulos vermelhos, o que, consequentemente, reduz o fluxo de oxigênio para os órgãos e pode ser mortal.
Essa doença também apresenta algumas variações de intensidade.
A forma hiperaguda atinge recém-nascidos, filhotes e cães gravemente infestado pelos carrapatos. É a mais grave e poucos animais conseguem se recuperar delas; os que conseguem acabam com lesões em vasos e tecidos.
A fase aguda é caracterizada pela anemia, devido à redução dos glóbulos vermelhos. As mucosas ficam pálidas, muitas vezes amareladas, e o cão fica febril.
A fase crônica é incomum e ocorre em animais que convivem com a doença há muito tempo. O pet fica deprimido, fraco, emagrece bastante e a febre aparece de forma intermitente.
Já a forma subclínica é absolutamente silenciosa em relação aos sintomas e a mais difícil de ser detectada.
O diagnóstico pode ser feito com exames de sangue e de urina. Também já há um exame específico para diagnosticar a doença que são necessários quando ela estiver em determinadas fases. É a chamada sorologia para hemoparasitose.
O tratamento para combater a doença também pode ser feito a partir de medicamentos, tanto para acabar com o protozoário quanto para reparar as sequelas. Em casos graves, o seu amigo pode precisar de uma transfusão de sangue.
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Evitando a doença do carrapato
Para prevenir os sintomas de doença do carrapato em cachorro, é preciso impedir que o artrópode chegue até o seu pet. Entenda mais detalhes sobre a doença do carrapato. Se ele já apresentar carrapatos pelo corpo, você deverá combatê-los. Saiba como:
– Diariamente, faça uma inspeção no seu amigo e procure se há carrapatos pelo corpo. Eles gostam de se alojar em locais como dentro das orelhas, atrás do pescoço e entre as patas.
– Se houver, faça a remoção usando uma pinças e luvas descartáveis. Coloque o carrapato em um vidro com álcool e, quando ele estiver morto, jogue-o no vaso sanitário e dê a descarga.
– Use uma forma de controle do parasita. Banhos anticarrapaticidas, sprays, comprimidos e coleiras são boas opções, porém, lembre-se que esse tipo de cuidado é periódico e não permanente.
– Durante os passeios, mantenha o cão longe de locais que podem concentrar carrapatos, como lagos onde há capivaras. Sapatinhos para cães ajudam a evitar os carrapatos.
– Na sua casa, aplique um veneno para carrapato no quintal, na garagem, no jardim e em outros locais onde eles podem se alojar. Cuidado, pois o veneno pode ser tóxico para o cão.
O que achou das nossas dicas? Deixe nos comentários e aproveite para conhecer nossa clínica veterinária!