Que o cão é o fiel amigo do homem, todo mundo sabe. Aliás, você deve concordar que os pets são melhores do que muita gente, não é mesmo? Entretanto, como todo ser vivo, os bichinhos também ficam doentes. Algumas dessas doenças são tipicamente humanas, mas podem ser encontradas em animais — é o caso do câncer de mama em cadelas.
Mesmo que a sua companheira seja devidamente vacinada e a maioria das enfermidades possa ser prevenida ou controlada, algumas trazem preocupação aos donos. Isso geralmente acontece com os tumores.
O segredo para um tratamento eficaz é buscar por um diagnóstico precoce e pela intervenção clínica de início imediato. Continue a leitura para saber mais sobre os principais sintomas do câncer de mama em cadelas e como tratá-lo!
O câncer em humanos e animais
Tanto em humanos como em animais, o câncer envolve um crescimento anormal, contínuo e rápido das células presentes no organismo desses seres vivos. No caso do câncer de mama em cadelas, a patologia está presente nas glândulas mamárias.
Um dos maiores problemas da doença é a expansão dessa mutação, a qual chamamos de metástase. O processo acontece quando as células tumorais invadem o sistema circulatório e enviam o tumor para outras partes do corpinho do cachorro.
Felizmente, existem tratamentos e cirurgias para conter esse avanço, promovendo mais qualidade de vida ao animal e evitando sua morte precoce.
Os principais sintomas do câncer de mama em cadelas
Tristeza, falta de apetite, prostração, febre e vômitos são sempre sinais de alerta quando o assunto é o comportamento do seu bichinho de estimação. Entretanto, o câncer de mama em cadelas pode surgir de maneira silenciosa (ou seja: sem que haja alterações físicas ou comportamentais perceptíveis e imediatas).
Como a eficácia do tratamento depende da agilidade do diagnóstico, é importante criar o hábito de levar o bichinho ao veterinário periodicamente desde filhote. Afinal, embora seja comum que o quadro se desenvolva na velhice do animal, uma patologia precoce também pode aparecer.
O câncer de mama geralmente ocorre em cadelas acima dos seis anos, sendo mais comum naquelas que já completaram dez anos de idade. É importante ficar atento às possíveis protuberâncias nas glândulas mamárias. Mesmo que a cachorra não apresente desconforto ao toque, é importante levá-la com urgência ao veterinário.
Quando mais avançada, a doença pode provocar os seguintes sintomas na região mamária:
- inchaço ou dilatação;
- presença de feridas e secreção com sangue;
- dores;
- secreções com odores desagradáveis.
O diagnóstico da doença
O fato dos sintomas de um tumor aparecerem de maneira mais nítida apenas em estágios avançados pode deixar os donos de pets assustados. Como falamos, manter uma rotina de consultas de check-up é importante para que o diagnóstico possa ocorrer cada vez mais cedo.
A principal forma de identificar se há algum problema com as mamas da cadela é o exame clínico e de citologia aspirativa do nódulo. Ou seja: por meio da palpação, o veterinário detecta se o caroço é um nódulo ou uma mastite. Ao confirmar a primeira opção, acontece a remoção cirúrgica e o envio do material à biópsia.
O laboratório, então, faz uma investigação para determinar os tipos de células presentes, o que vai revelar se o tumor é maligno ou benigno. Nesse momento, também são determinados o grau do problema, a expectativa de vida ou quantos por cento de chance a cadela têm de desenvolver a mesma doença novamente ou um câncer em outra região.
Com o resultado da análise em mãos, o veterinário continua as investigações para determinar o tratamento mais adequado. Exames como tomografia computadorizada, radiografias de tórax e ultrassom de abdômen fazem parte do combo que auxilia o profissional nessa importante missão.
Diferença entre o tumor maligno e benigno em animais
A principal diferença entre os tumores malignos e benignos é a capacidade de promover a metástase. Um tumor maligno, diferentemente do benigno, é capaz de evoluir para outros órgãos (devido à sua agressividade).
Se a sua cadela apresentar um tumor benigno, saiba que a possibilidade de removê-lo totalmente na operação de retirada do material para a biópsia é grande. Por outro lado, as chances de cura no caso de um câncer maligno são mínimas.
Os tratamentos para o câncer em animais
A cirurgia para a retirada do tumor remove o material em si e o tecido saudável ao redor. Essa extensão depende exclusivamente do tamanho e da localização do câncer. Dependendo do resultado da biópsia, o profissional pode indicar a quimioterapia com o objetivo de prevenir e controlar uma possível metástase.
No caso do câncer de mama, pode ser feita a retirada de toda a cadeia mamária. Como a doença está relacionada aos hormônios, o veterinário tem a opção de extrair o útero e os ovários.
Mas atenção: no caso de metástase, a intervenção cirúrgica não é recomendada. A melhor alternativa é administrar tratamentos específicos para o controle do problema e melhorar a qualidade de vida do animal nesse período.
As chances de cura não são mínimas nos casos malignos… dependo do grau de agressividade observado no histopatologico.
A prevenção para o câncer nas fêmeas
Apesar de não existirem fatores concretos que estimulem o desenvolvimento do câncer de mama em cadelas, é possível tomar algumas atitudes para sua prevenção. A mais indicada é castrar a fêmea antes do primeiro cio, se possível.
Um dos grandes responsáveis por esse tipo de tumor são os hormônios liberados pelas cachorrinhas. A castração, além de tudo, é um ato de responsabilidade e amor que não promove nenhuma desvantagem à vida da sua companheira.
A ingestão de medicamentos hormonais, como o anticoncepcional, também deve ser evitada. Embora os remédios circulem livremente pelo mercado, profissionais competentes são rígidos nessa contraindicação. Desconfie do veterinário que oferecer tal tratamento contra a gravidez.
O acompanhamento veterinário regular é o que garante a qualidade de vida do seu pet. No caso do câncer de mama em cadelas, esse cuidado é fundamental para que você prolongue a companhia da sua melhor amiga sem causar sofrimento a ela.
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